Cuidado com as ofertas mágicas

A formatação do preço de um serviço ou produto leva em consideração vários fatores. Sabe-se que há de ser considerado os insumos, o trabalho dos profissionais, as despesas fixas como aluguel, água, luz, telefone, internet, contador, impostos, etc, além de fatores nem sempre previsíveis como manutenção e melhorias. Também importante – afinal ainda vivemos num país capitalista – tem de ser aplicada uma margem de lucro. A bem da verdade é que, independente do ramo, não há muita mágica a ser feita quando da produção de preço. No entanto, há quem brinque com coisa séria, com o desejo e expectativas dos clientes. E nesta seara, o ramo da beleza lidera o placar de oferecimento de promoções mirabolantes. As redes sociais são a prova disso. O Facebook é o grande portal de anúncios deste tipo. É escova progressiva sendo oferecida a R$ 120,00, independentemente do tamanho e volume do cabelo, combos que incluem corte, hidratação e sobrancelhas por R$ 55,00, pé e mão por R$ 25,00, mechas por R$ 150,00. Além dos serviços, sempre pipocam produtos com “componentes importados” que prometem maravilhas para a pele, corpo e cabelo. Tudo isso por um precinho bem baratinho. Exemplos de “mágicas”, não faltam. Ocorre que, por vezes, o bolso nem sempre comporta o tamanho da vaidade do cliente. Assim sendo, tem quem busque saciar a vontade de realizar um procedimento de beleza ou comprar um creminho por preços incompatíveis com a realidade.
A gestora de negócios de beleza Roberta Freitas é taxativa quanto a este tema: “desconfie do muito barato. As boas marcas de cosméticos investem alto em pesquisa e produção, em marketing, possuem um competente quadro de químicos e técnicos e arcam com o alto custo de empreender no Brasil. Tudo isso gera um produto com um preço justo, com um valor agregado, que é pago pelos salões e repassados para os clientes finais” – aponta. Roberta ainda alerta para outra questão: “o setor da beleza tem se deparado com meninas que, sem cursos técnicos e registro algum, realizam serviços nas casas das clientes com produtos sem procedência legal. Elas são as ‘profissionais que se formaram no Youtube’ e agem na irregularidade porque ainda existem pessoas que querem pagar barato. O resultado disso são cortes químicos, queda de cabelo, queimaduras no couro cabeludo e pele, além, é claro, da frustração da cliente” – alerta Roberta. A dica final é para o alerta dado por Roberta: desconfie do muito barato! Um bom salão de beleza tem profissionais em constante aperfeiçoamento, faz uso de produtos de boas marcas e possui respeitada reputação na cidade em que está instalado. A velha máxima de que o barato sai caro se aplica perfeitamente no ramo da beleza. Não arrisque a saúde de suas madeixas, sua pele e corpo por uns trocados a menos. No fim das contas, você verá que não valeu à pena.

Compartilhar:
Blog

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *